sexta-feira, 25 de junho de 2010

Na Hora da Zona Morta (Dead Zone)


A idéia para esse blog surgiu exatamente quando eu falava sobre esse filme no Twitter, limitado a cento e quarenta caracteres por observação (nossa, como é bom poder escrever as coisas por extenso!).
Dead Zone trata-se (na minha opinião) da melhor adaptação cinematográfica de um livro do Stephen King para o cinema.
E Dead Zone trata-se (novamente ao meu ver) do melhor livro do Stephen King.
Esqueça a série O Vidente, baseada na mesma história. Certo, é legalzinha e eu até gostava mesmo já tendo lido o livro e sabendo que a história original não permitia sequência/derivados, mas o filme de 1983 dirigido por David Cronenberg é a versão definitiva.
No Brasil acabou recebendo o título de Na Hora da Zona Morta, certamente para pegar carona nos populares A Hora do Pesadelo e A Hora do Espanto.
Bom, pra você ter uma idéia do quanto eu gosto desse filme, tenho um casaco preto que só uso com a gola virada e que comprei unicamente porque achei parecido com o que o Christopher Walken usa no filme. 
Tire a prova:




Christopher Walken








Eu






Não restando dúvidas de que eu realmente gosto desse filme, vamos em frente.
Logo no começo vemos John Smith (Walken) sofrendo um acidente de carro que o deixa em coma por vários anos. Ao despertar ele descobre que o amor de sua vida seguiu em frente sem ele. Sua antiga namorada casou-se e teve um filho. Na minha opinião ela fez exatamente o que qualquer pessoa mentalmente sã faria. E com um agravante: Na noite em que ele se acidentou ela o chamou para fazer vuco-vuco passar a noite na sua casa. Ele, muito certinho, optou por esperar a "hora certa" e acabou se estrepando todo...
O choque de Johnny ao acordar demora um pouco pra ocorrer. É aos poucos que ele vai se dando conta que o que não passou de uma soneca para ele foi muito tempo para todos aqueles que se importavam com ele. E é justamente nesse período de readaptação (mental e física também, uma vez que ele está com todos os músculos e nervos atrofiados) que ele descobre que acordou com um dom diferente. Um simples toque seu em pessoas ou objetos pode revelar fatos do passado, presente e futuro.
No livro nos é mostrado que ele já tinha esse "poder" escondido nele desde sempre. No filme isso só se manifesta após o acidente. Não que faça muita diferença...
Acertando uma previsãozinha aqui, outra ali, ele acaba chamando a atenção da imprensa marrom.
Após um desagradável acidente em rede nacional (onde é desafiado a provar que não é um charlatão e acaba fazendo um repórter escroto quase se borrar nas calças) John resolve se isolar do mundo e vai viver tranquilamente com seu pai. 
Um belo dia um Xerife bate em sua porta e pede ajuda para capturar um serial killer. Ele a princípio se nega, mas muda de idéia depois de receber uma visita natalina de sua antiga namorada e ter sua esperada primeira noite (tarde, no caso) de amor com ela. 
Depois quando dizem que a maioria dos problemas se resume em falta de sexo ainda tem quem duvide...
Johnny descobre o assassino mas acaba sendo gravemente ferido no processo final de sua captura. Isso faz com que ele acabe ficando ainda mais recluso do que nunca, passando a evitar até mesmo seu pai e o médico da clínica onde  ele se recuperou do acidente, o único amigo que teve após voltar do coma.
Tempos depois ele acaba acidentalmente tocando em um político e descobre que o mesmo vai conseguir se eleger presidente dos E.U.A. e desencadear a terceira guerra mundial seguida do fim do mundo. O cara é praticamente o anticristo. No livro esse personagem é minuciosamente detalhado desde o princípio, no filme ele só aparece bem pra lá da metade mas é muito bem interpretado por Martin Sheen.
Aí nasce o dilema final de John Smith.
Teria ele credibilidade o suficiente para fazer o mundo ver o perigo que o espreitava ou seria mais fácil ele agir sozinho e dar um fim nessa ameaça?
Não vou contar aqui como termina, mas digamos que Johnny consegue o que quer (não da maneira que imaginava) e sua expressão de alívio ao fim ameniza tudo. Ele finalmente encontra a paz que procurava desde quando saiu da Zona Morta.
Veja o trailer:

FINADOS

Bom, antes de mais nada cabe uma explicação sobre esse Blog:
O Filme meu, filme meu... é um espaço onde vou me dedicar exclusivamente a escrever sobre filmes. Dissertarei sobre todo e qualquer tipo de filme, desde os considerados clássicos até os apedrejados pelo público e crítica; curtas, média e longa-metragens; feitos exclusivamente para a Internet, etc... Quem me conhece sabe que tenho um gosto peculiar para filmes, então acho que meus dois ou três (quem sabe quatro!) leitores vão se divertir bastante lendo minhas resenhas.
Bom, para começar, vou falar sobre um filme genuinamente meu.
Trata-se de FINADOS, um curta metragem escrito, produzido, dirigido e editado por mim (com uma participação especial minha!) que infelizmente ainda não chegou ao fim.
A trama fala sobre um trio de arruaceiros de uma cidadezinha que uma noite saem pela cidade zoando com quem encontra pela frente até que em um dado momento se cansam da "mesmice" e resolvem aprontar algo diferente: Selar o portão do cemitério na véspera do Dia de Finados para deixar todos os que forem visitar seus entes queridos que já passaram dessa para uma melhor (ou pior, vai saber...) pro lado de fora.
Eles só não contavam que os mortos, revoltados por tentarem os privar do único dia do ano em que teriam um pouco de atenção, se levantariam de seus túmulos para resolver o problema.
Com o roteiro escrito, precisava de gente para me ajudar. Sabia que com alguns poderia contar de cara (meu irmão Àlan e meu amigo Pedro, por exemplo), mas só nós três não seríamos suficiente para um curta metragem com vários personagens. Foi quando resolvi fazer várias imagens de divulgação do filme e colocar num álbum específico do meu Orkut. Não demorou para morderem a isca: Toda vez que alguém se mostrava curioso acerca do que se tratava meu filme, eu jogava um verde dizendo que tava ficando legal, e que se a pessoa quisesse participar ainda haviam alguns papéis disponíveis. Assim (e com uma grande ajuda do meu irmão, que conhece bem mais gente do que eu e ia convidando todo mundo) consegui fechar meu elenco.
Confira o trailer:

Alguns problemas da produção ficam bastante evidentes já no trailer.
Por ser oficialmente meu primeiro filme (não se levando em conta as zoeiras de férias com amigos e primos), vários aspectos me pegaram desprevinido.
O principal deles foi a iluminação. Algumas cenas iniciais tiveram que ser totalmente refilmadas e a sequência do cemitério (para a qual consegui autorização para filmar dentro do cemitério da minha cidade) acabou ficando escura demais. Mas ficou bem melhor assim do que se eu tivesse construído um cemitério cinematográfico no meu quintal (sério, isso foi cogitado!).
Foi também a minha primeira experiência com edição de vídeo e, claro, comecei pelo básico dos básicos editores de vídeo, o Windows Movie Maker.
Detalhes técnicos a parte, logo na primeira noite de filmagens tivemos uma desistência. Um dos atores deu pra trás e me mandou uma SMS em cima da hora dizendo que não viria mais. O nome real desse ator foi mais tarde utilizado em um personagem que é muito xingado ao longo da história, no intuito de personificar não só uma, mas todas as pessoas que acabaram pulando fora.
Quanto ao elenco só tenho o que agradecer.
Todos se esforçaram e mesmo com FINADOS ainda não tendo sido finalizado toparam de fazer outros projetos comigo (projetos esses que terminaram, outra hora falo deles).
Algumas curiosidades sobre o filme:

Salvamos um cachorro doente de ser atropelado enquanto filmávamos na rua, a noite;

O ator Marcelo Vasconcelos Bassi contraiu conjuntivite após entrar dentro de um túmulo poeirento para filmar uma cena como morto-vivo:









Os zumbis são interpretados pelos mesmos atores que fazem os arruaceiros, e um deles mata a si mesmo numa cena que (modéstia a parte) ficou muito bem editada;

Acabei assumindo o papel de um personagem graças a mais uma desistência do elenco:











O personagem Luciano, que a princípio não aparecia (ou aparecia em off, numa conversa telefônica) acabou sendo vivido por um amigo meu de Belo Horizonte, que além de atuar filmou um making off de uma cena de morte. Essa participação especial também acabou rendendo uma cena que foi parcialmente deletada para o filme mas você confere na íntegra aqui:


O grande artista plástico jacutinguense Natal Alves do Amaral além de atuar, colaborou com os efeitos de maquiagem dos zumbis:









Faltam duas cenas para eu concluir FINADOS (as mais complicadas, claro!) e ainda preciso reescrever uma sequência já que um casal de atores terminou o namoro durante as filmagens e tenho que arranjar um meio de não mostra-los mais juntos.


Assim que estiver finalizado posto aqui!